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Distrações e tropeços

▪︎ Publicado no  jornal Diário Popular  - edição de 30 e 31 de outubro de 2021 (pág. 06) - Pelotas/RS ▪︎ Sempre que tropeço na rua, olho primeiro para o chão e depois para os lados - tem alguém rindo da estabanada? No chão, talvez eu consiga identificar o que me fez cair. Uma calçada destruída pelo tempo. Um buraco. Uma raiz de árvore que extravasou e rachou o concreto. Algum chinelo perdido (já reparou como às vezes aparece um pé solto no meio da rua? Nunca é o par...). Eu brinco, mas um tombo ocasionado por uma calçada malconservada pode até acabar em ação judicial! Foi pura distração. Para onde eu estava olhando quando tropecei? Poderia estar distraída por uma criança ali na praça, pedindo algodão-doce para a mãe (a menina tem pena do vendedor, um senhor que já não consegue mais apitar, com a mesma intensidade, o chamariz da clientela). A música do apito é sempre a mesma, seja quem for o vendedor. Ela gosta de escutar o som açucarado de infância. E ela quer provar um pedaço de sonho

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