Linhas da vida

Quando quiser a minha mão
Não hesite.
Meus braços já levantaram amigas 
Escutaram-nas
E acolheram suas histórias
Elas se enlaçaram às minhas memórias 
Encontraram lágrimas felizes
e tristes. 

Minhas linhas da mão
O futuro não dizem.
Nelas escrevo com giz, apago
Reescrevo
E marco a cores os traços favoritos.
Nas mãos, faço minha arte
E a vida se costura em suas linhas.

Desenho na imaginação a linha de cada dia
Crio um bordado mais bonito que o anterior
O que apago, não esqueço
A memória trata apenas de sobrepor. 
Este quebra-cabeça
Monto de mãos dadas
Com a alegria e com a dor.

Por Dani Agendes 

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